quarta-feira, 24 de junho de 2020

Como funciona a Terapia Cognitivo-Comportamental?

Por *Federação Brasileira de Terapias Cognitivas



                             Imagem: Créditos FBTC



A Terapia Cognitivo Comportamental ou TCC é uma abordagem da psicoterapia baseada na combinação de conceitos do Comportamentalismo com teorias cognitivas. A TCC entende a forma como o ser humano interpreta os acontecimentos como aquilo que nos afeta, e não os acontecimentos em si.

Ou seja: é a forma como cada pessoa vê, sente e pensa com relação à uma situação que causa desconforto, dor, incômodo, tristeza ou qualquer outra sensação negativa.

Sendo assim, o primeiro passo da terapia é entender esses sistemas, identificando durante as sessões os sentimentos, pensamentos e comportamentos de determinadas situações descritas pelo paciente. A partir disso, alguns padrões vão sendo identificados. São esses padrões que determinam crenças e percepções para cada experiência vivida.

Diante dos padrões mal adaptativos ou disfuncionais de pensamentos, cabe ao terapeuta auxiliar o paciente a encontrar novas possibilidades de pensamentos alternativos e mais funcionais que possibilitem uma boa adaptação à sua realidade social. Isso é feito a partir da determinação de um foco e de metas para que, com o tempo, o paciente adquira sua autonomia e possa lidar com as questões por conta própria. Esta é a reestruturação cognitiva e comportamental que dá nome à abordagem.

Ficou curioso para saber mais? Associe-se e torne-se um Terapeuta Certificado *FBTC.





Fonte:

*Site da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas


domingo, 21 de junho de 2020

Todo tempo que nos resta


Por *João Ilo Barbosa



Creio que o leitor concorda que essa pandemia fez mudar muita coisa em nossas vidas, nem sempre para pior. Em meio aos inúmeros vídeos de whatsapp assistidos, um deles me chamou muito a atenção. Versava sobre a gestão do tempo e começava com o seguinte questionamento: qual o bem mais precioso que temos? Aquilo que não podemos pausar, repetir, alterar ou comprar: o tempo! Podemos apenas vivê-lo até que se esgote por completo para cada um de nós. O tempo, portanto, é um bem insubstituível que vamos perdendo a cada dia, hora e minuto. 


Dado seu expressivo valor, uma pergunta de partida pode nos levar a um maior autoconhecimento: para que dedicamos boa parte do nosso tempo? E porque temos atividades para as quais parece que nunca sobra tempo? Ou seja: estamos ocupando nosso tempo realmente de uma forma saudável e produtiva? 


A crise da COVID 19 está gerando uma situação bem peculiar com relação às questões levantadas. Nosso tempo foi reduzido drasticamente para algumas atividades, como os deslocamentos no trânsito, e aumentado para outras, como ler e cuidar da casa, por exemplo. Isto nos trouxe ganhos e perdas. Menos tempo de trabalho quase sempre significa menor receita, mas, por outro lado, podemos ter encontrado tempo para fazer coisas triviais, prazerosas, mas esquecidas. Defrontamo-nos também com a falta de desculpas para não realizar tarefas que antes eram objeto de postergação, com a eterna promessa de que amanhã iríamos fazê-las sem falta. 


Quando falamos em ganho ou perda de tempo, em função do isolamento social, a expressão pode nos confundir. Como dizia Cazuza, o tempo não para. De fato, o tempo não mudou, mas a quebra da rotina que nos impunha a realização de diversas tarefas aumentou o valor de nossas escolhas, de decidir o que podemos fazer do nosso tempo, transparecendo mais facilmente o que, de fato, priorizamos. 


A reclusão e a parada de afazeres rotineiros proporcionam uma reflexão sobre como estamos gerenciando nossa vida, no sentido de avaliar se estamos gastando nosso tempo finito com coisas que realmente valem a pena. Em minha experiência pessoal, nesse período pude conviver mais com meus filhos, que já estão grandes, já que as inúmeras atividades de todos restringia essa convivência. Em quase três meses fizemos coisas para as quais dificilmente "sobrava tempo". Pudemos cuidar da casa, muito mal, na verdade, e preparar nossa própria comida. Aí foi um pouco melhor (Risos). Também tocamos violão, cantamos e jogamos conversa fora.  


O maior tempo juntos também trouxe atritos, mas é quase impossível se abster dos problemas. Esses fazem parte da vida e podem nos ensinar a superar desafios que a vida nos impõe. A maior lição que tirei com a mudança da rotina foi a de que precisamos escolher melhor nossas prioridades.  


Que saibamos aproveitar o tempo da melhor forma, mesmo com todas as limitações e exigências durante e após a pandemia. O principal parâmetro para definir o que estou chamando de "melhor forma" de lidar com o tempo é o quanto isso nos aproxima da felicidade. Aliás, tempo e felicidade estão intrinsicamente relacionados. Estar feliz sempre nos dá a sensação de transitoriedade. Quando nos sentimos felizes, o tempo passa tão rapidamente que logo parece se esvair e já estamos de volta a procurá-la. 


Que em todo o tempo que nos resta possamos olhar pra trás e pensar: vivi bem o tempo que já usei. Se isso não foi possível, olhemos para frente com o objetivo de gastar nosso tempo com coisas que realmente colaborem para nossa felicidade. É utópico sim, mas estou dedicando mais tempo às minhas utopias.





Referência:

MARCONDES FILHO, C. Perca tempo: é no lento que a vida acontece. São Paulo: Pia Sociedade de São Paulo - Editora Paulus, 2014.





*Psicólogo Clínico. Professor da Universidade Federal do Ceará. Mestre em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo. Doutor em Teoria e Pesquisa do Comportamento pela Universidade Federal do Pará.

sexta-feira, 19 de junho de 2020

Formação em Hipnose no Brasil




Segue o link do artigo em PDF publicado na Revista Brasileira de Hipnose.


Clique no artigo abaixo:


Artigo Formação em Hipnose no Brasil



Agradecimento:

Agradeço ao psicólogo e hipnólogo Alexandre Henrique de Melo pela colaboração e na criação do fluxograma precisa de hipnoterapia?

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Webnário: Hipnoterapia aplicada à área de saúde.


Devido a problemas técnicos perdemos a parte do vídeo que trata da história da hipnose, mas para quem quiser se aprofundar pode seguir as sugestões de leituras abaixo.



*História da hipnose.

**Escolas de hipnose:

Dentre as inúmeras formas que são apresentadas a hipnose contemporânea, são reconhecidas as matrizes básicas de modalidades como a

hipnose clássica (uso dos pressupostos pavlovianos ou condicionamento respondente);

 hipnoanálise (associada à teoria psicanalítica);

hipnose ericksoniana (foca-se na autonomia do cliente) e;

hipnoterapia cognitiva (reestruturação de distorções cognitivas que influenciam de forma negativa as emoções e comportamentos).

***Citações ao longo da webconferência.

Clique no link abaixo para acessar a palestra do dia 16/6/2020, organizada pelo professor Ms. Carlos Antônio Soares docente da UNIFACID/Wyden:





Referências:

*RODRIGUES, E. P. Compreendendo a dor e o sofrimento em hipnose, psicoterapia e odontologia. In: ANGELOTTI, G. (org.). Terapia Cognitivo-Comportamental no Tratamento da Dor. 2.a reimpressão. São Paulo: Pearson, 2014.

**RODRIGUES, E. P. Formação em Hipnose no Brasil - uma breve reflexão. Revista Brasileira de Hipnose. Vol 27, No.2, pp15-18, jun 2016.

*** FERREIRA, M. V. C. Hipnose na Prática Clínica. São Paulo: Atheneu, 2003.

***NEUBERN, M. S. Psicologia, hipnose e subjetividade: revisitando a história. Belo Horizonte: Diamantina, 2009.

***RODRIGUES, E. P; FEITOSA-JUNIOR, M. Terapia Cognitivo-Comportamental: Hipnose e Neurociência. Revista Ciência: Comportamento e Cognição. Sociedade Piauiense de Psicologia Cognitiva e Comportamental, Teresina-PI. Ano 1, n.1, pp 29-39, jan-jul, 2007.


Psicologia e Psicoterapia Cognitivo-Comportamentais: Filosofia, Intervenção e História


O livro Psicologia e Psicoterapia Cognitivo-Comportamentais: Filosofia, Intervenção e História é dividido de forma didática em três seções que contemplam os aspectos filosóficos (Seção I), relativos à intervenção (Seção II) e históricos (Seção III) favorecendo o diálogo entre estudantes e profissionais de psicologia e psiquiatria.

Adquira o livro por esses canais:
https://editoracrv.com.br/produtos/detalhes/33312-psicologia-e-psicoterapia-cognitivo-comportamentais-br-filosofia-intervencao-e-historia

https://www.amazon.com.br/PSICOLOGIA-PSICOTERAPIA-COGNITIVO-COMPORTAMENTAIS-filosofia-interven%C3%A7%C3%A3o/dp/8544425712/ref=sr_1_12?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&dchild=1&keywords=psicologia+e+psicoterapia+cognitivo+comportamentais&qid=1592396825&s=books&sr=1-12

https://www.americanas.com.br/produto/88576177/psicologia-e-psicoterapia-cognitivo-comportamentais?pfm_carac=psicologia%20comportamental&pfm_index=3&pfm_page=search&pfm_pos=grid&pfm_type=search_page

https://www.comtatopsi.com.br/psicologia-psicoterapia-cognitivo-comportamental-p-1265.html


terça-feira, 16 de junho de 2020

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Hipnose e suas apliações nas áreas da saúde





Pensando com Fernando Sabino



"...De tudo, ficaram três coisas: 
a certeza de que ele estava sempre começando, 
a certeza de que era preciso continuar e 
a certeza de que seria interrompido antes de terminar.
Fazer da interrupção um caminho novo. 
Fazer da queda um passo de dança, 
do medo uma escada, 
do sono uma ponte, 
da procura um encontro.”





Fonte:
Fernando Sabino. O encontro marcado. 34. ed. Rio de Janeiro: Record, 1981.  p. 154.

domingo, 14 de junho de 2020

Os encantos de Oeiras

Por *Adriano Lobão



* Poeta. Ensaísta. Professor de língua portuguesa do IFPI. Autor de As cinzas e as palavras (2009), Os intrépidos andarilhos e outras margens (2012), Os tempos e a forma (2017).

sábado, 13 de junho de 2020

Integrando Psicologia e Neurociência


Live Gratuita – Terapia Cognitivo Comportamental e Neurociências

Com o prof° Eleonardo Rodrigues, psicólogo e neurocientista.

- Professor do Curso de Psicologia e Coordenador do Laboratório de Neurociência Cognitiva da UESPI;
- Doutorando e Mestre em Medicina e Saúde pela UFBA;
- Psicoterapeuta em TCC há 18 anos (CRP 21/00179).

Mediadora: Psicóloga Alana Anijar
Dia 15/06 às 20h00

Nós preparamos uma live gratuita e exclusiva para você que quer se aprofundar em:

- Interseção entre TCC e Neurociência;
- Convergências e divergências epistemológicas;
- A contribuição para a saúde mental.

Clique no link e faça seu cadastro para garantir sua vaga:
 https://bit.ly/Live_Cognitiva

terça-feira, 9 de junho de 2020

Quem dera

*Por Lázaro do Piauí



Talvez fiquemos melhores
Quando isso tudo passar
Que as cicatrizes que  fiquem
Sejam pra nos ensinar


A sermos mais pacientes
A sermos mais tolerantes
De gentileza em punho
De amargura distante


Eu quero ser quem faz falta
Em qualquer  lugar que esteja
Que sempre a minha presença
Seja o que você  deseja


Quero ser quem deixa saudade
E volta trazendo alegria
De alma leve e tranquila
Sem mágoas, sem grosseria


Eu quero ser bem melhor
Depois dessa pandemia
Pra quando você  me encontra me dizer:
Agora  ganhei meu dia


Vou praticar ter mais amor
Praticar ser mais humilde
Praticar ter mais bondade
Isso sou eu  quem decide


Aproveitar a quarentena
Praticar mais, bons momentos
Descobrir mais minha família
Praticar mais bons  sentimentos


Aproveitar esse isolamento
Pra dar e pedir perdão
Fazer aquela faxina
Na casa e no coração
Ficar em casa com os meus
Orando e pedindo  a Deus
Para nos dar proteção!


Quero ser bem melhor
Quando tudo isso passar.....


*Cantor, compositor e poeta.
Poeta por vocação e matuto por convicção.

segunda-feira, 8 de junho de 2020

Eficácias das psicoterapias



O que os psicoterapeutas fazem? Essa foi a questão levantada pelos psiquiatras Knapp, Kieling e Beck (2015), para saber como os psicoterapeutas atuam em suas experiências clínicas. Como psicoterapeuta tenho noção do quão custoso é tratar os transtornos mentais em sua demanda regional, imagine mundial? De acordo com autores supracitados, projeta-se que as despesas com serviços de saúde mental e tratamento de substâncias tenham um crescimento médio anual de 4,6% nos próximos anos, atingindo um total de US $ 280 bilhões em 2020, só nos EUA.  Apesar dos avanços dos fármacos nas últimas décadas, também é claro que nenhum deles por si só, é suficiente para combater os devidos transtornos mentais.

            Os autores citam que há poucas pesquisas acerca do manejo das eficácias e eficiências das psicoterapias. Contudo, as psicoterapias baseadas em evidências, vêm demonstrando suas eficácias no manejo de muitos transtornos psiquiátricos, fazendo parte das diretrizes clínicas em muitos países.

            No referido estudo, que teve como desenho uma revisão sistemática com meta-regressão, foram entrevistados 27.647 profissionais de saúde mental nas 60 pesquisas que apresentaram percentuais específicos para as cinco orientações teóricas incluídas nas análises finais. Relatam também, as tendências nas orientações teóricas predominantes adotadas por psicoterapeutas entre os anos de 1971 e 2010. As orientações teóricas foram agrupadas em cinco grandes categorias, com o maior número de estudos nas últimas cinco décadas: analítico/psicodinâmico; comportamental; cognitivo/cognitivo-comportamental; humanista; e eclético/integrativo. Os entrevistados tinham uma idade média de 48,37 anos, e 55,98% deles eram do sexo masculino. A terapia cognitivo-comportamental foi preferida por 28,24% dos entrevistados; 25,33% dos profissionais de saúde mental declararam usar estratégias preferencialmente ecléticas/integrativas; 14,82%, endossaram a orientação analítica/psicodinâmica; 10,91%, técnicas comportamentais; e terapia humanística de 9,50%.


Fonte:

Knapp P, Kieling C, Beck AT. What do psychotherapists do? A systematic review and meta-regression of surveys. Psychother Psychosom. 2015;84(6):377378. doi:10.1159/000433555

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