Por *Eleonardo
Rodrigues
O
TOC é caracterizado pela ocorrência de pensamentos intrusivos, repetitivos e
incômodos, e de comportamentos compulsivos que o indivíduo executa de forma
ritualística e repetitiva para reduzir a ansiedade provocada pelas obsessões. É
o quarto transtorno psiquiátrico mais frequente, acomete entre 1 a 3% da
população e atinge igualmente homens e mulheres. No Brasil, estima-se que
exista em torno de 4 milhões de habitantes com TOC. De acordo com a Organização
Mundial de Saúde (OMS), está entre as dez doenças com maior impacto no
funcionamento do paciente.
O
TOC é um transtorno heterogêneo no que diz respeito aos aspectos etiológicos e
à apresentação clínica dos sintomas. A apresentação clínica muda bastante de
indivíduo para indivíduo com TOC e também entre o mesmo indivíduo em fases
diferentes da evolução do quadro.
Em
relação à etiologia do TOC, evidências apontam para a interrelação de fatores
ambientais e biológicos na determinação do transtorno. Estudos de neuroimagem
em pacientes com TOC mostram alterações anatômicas e funcionais em circuitos
cerebrais específicos que alteram a volumetria do cérebro.
Sobre o tratamento, a intervenção psicoterápica
de primeira escolha é a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) que emprega a
técnica de Exposição e Prevenção de Respostas (EPR), considerada padrão ouro.
Já na farmacoterapia, a eficácia refere-se ao uso de substâncias que regulam a
atividade de neurotransmissores, especificamente a serotonina. Constatou-se que
a associação da técnica E-PR e/ou Terapia Cognitiva potencializa o efeito do
fármaco. Outrossim, estudos que combinaram farmacoterapia mais Terapia
Cognitiva e E-PR mais precisamente, mostraram pouca diferença significativa em
relação ao uso isolado de medicamento, evidenciando que a aplicação correta de
terapêuticas cognitivo-comportamentais altera cognições, emoções,
comportamentos e seus correlatos fisiológicos, conforme sugerido nos axiomas da
terapia cognitiva. Com base nesses achados, em casos cônicos, estudos indicam
que a combinação das duas modalidades terapêuticas seria ideal para uma melhor
qualidade de vida do paciente.
Cique no link para ver entrevista no Bom dia Piauí em 2019: https://globoplay.globo.com/v/7302876/
Clique no Link para ver entrevista no PITV 1.a edição em 2014: https://globoplay.globo.com/v/3708069/.
Clique no Link para ver entrevista no PITV 1.a edição em 2014: https://globoplay.globo.com/v/3708069/.
Fonte: *Rodrigues, E. P. Excerto da Tese
de Doutorado (no prelo). Programa de Pós-Graduação em Medicina e Saúde da Faculdade
de Medicina da UFBA.
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