sábado, 16 de novembro de 2019

XII Semana Científica da Psicologia da UESPI

Data: De 21 a 24 de novembro de 2019
Horário: Das 8:00 às 20:00 horas.
Local: Centro de Ciência da Saúde / FACIME - Teresina - PI.

Este evento científico nasce a partir da necessidade de socializar a produção científica da comunidade acadêmica do curso de Psicologia da UESPI. No ano de 2018, o curso completou 20 anos de sua fundação, formando profissionais de destaque no Estado do Piauí, com excelentes resultados nas avaliações do ENADE, além de lançar para o mercado de trabalho profissionais éticos e consistentes, ganhando posições de destaque nas diferentes áreas de atuação. Além disso, há uma quantidade significativa de egressos que obtém êxito no ingresso em programas de pós graduação conceituados no país, alguns deles, hoje docentes em nossa instituição, como também em outras universidades e faculdades, contribuindo para formar uma geração de psicólogos piauienses.
A proposta da Semana funda-se na necessidade do corpo docente de compartilhar os resultados advindos do percurso de pós graduação em diversas universidades de excelência em nosso país. Os professores da nossa instituição obtiveram, nesses últimos 10 anos, um salto qualitativo na sua capacitação docente, apoiados pela instituição, de forma que acreditamos que faz parte do processo de dar um retorno ao investimento recebido poder comunicar a construção da pesquisa realizada nos mestrados e doutorados. 
Acesse o link abaixo para programação completa:

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

II Turma de Especialização em Terapias Cognitivas


Agradeço ao convite da Escola Cognitiva Scientia para ministrar a aula inaugural da II Turma de Especialização em Terapias Cognitivas em Teresina, nos dias 25 e 26 de outubro, no módulo: Psicoterapia e Neurociências - Fundamentação da Terapia Cognitiva e TREC. Um rico momento de recíproco aprendizado. Parabéns a turma e ao coordenadores local Carlos Eduardo e Rosseli pela organização.




sábado, 19 de outubro de 2019

Consultório de Psicologia Espaço da Mente - Teresina


Terapia Cognitivo-Comportamental

Terapia de Traumas EMDR

Hipnose e Técnicas de Relaxamento

Atendimentos de Adolescentes, Adultos e Casais.

  





Permita Cuidar de Você

A psicoterapia favorece uma escuta de acolhimento e não julgamento, focada na compreensão para lidar com dificuldades do viver. É um espaço favorável ao crescimento pessoal que permite diálogos construtivos para reforçar padrões de comportamentos saudáveis e ressignificar padrões autodestrutivos com meta na flexibilidade das vivências pessoais, interpessoais e familiares saudáveis.


EQUIPE:


Eleonardo Pereira Rodrigues (CRP 21/00179)

- Professor do Curso de Psicologia da UESPI.
- Doutorando e Mestre em Medicina e Saúde pela Faculdade de Medicina da UFBA.
- Terapeuta Cognitivo Certificado pelo Instituto Albert Ellis (EUA/ARG).
- Formação em Hipnose Terapêutica pelo Laboratório de Hipnose da UEPB.

Patrícia de Farias Sousa Rodrigues (CRP 21/01627)
- Formação em Psicologia pelo Centro Universitário Santo Agostinho - UNIFSA.
- Especialista em Psicologia Clínica Reconhecida pelo Conselho Federal de Psicologia.
- Formação em Terapia de Manejo de Traumas EMDR (Reprocessamento bilateral do cérebro com certificação nacional e internacional pelo Instituto EMDR-Brasil/EUA).
- Treinamento avançado em EMDR para Atenção Precoce (experiência recente) e Estresse Traumático Continuado.


ENDEREÇO:
Rua Angélica, 2460 – Fátima – Teresina – PI.
Edifício Vita e Salute – Sala 7 - Fones: (86) 9.8806-4514 e 3085-0437.




Para mais informações e agendamento de horário acesse o link Espaço da Mente Teresina:




domingo, 13 de outubro de 2019

Terapia Cognitiva


Por Eleonardo Rodrigues



A Terapia Cognitiva foi criada pelo psiquiatra Aaron Beck, no início dos anos 60, como um tipo de psicoterapia estruturada, de curto prazo, originalmente idealizada para auxiliar os pacientes deprimidos a resolverem problemas atuais e a modificarem pensamentos e comportamentos disfuncionais. Atualmente, há uma diversidade de modelos cognitivos que surgiram desde seu desenvolvimento inicial, culminando com a classificação de Terapias Cognitivo-Comportamentais (TCC).

A Terapia Cognitiva propõe que os pensamentos disfuncionais influenciam negativamente o humor e o comportamento dos pacientes. Avaliar de forma realista e mudar tais pensamentos automáticos disfuncionais - que não são decorrentes de deliberação e raciocínio - é um dos passos iniciais mais importantes desse processo terapêutico. O terapeuta ajuda o cliente a compreender e modificar os pensamentos disfuncionais que advém das crenças nucleares normalmente estabelecidas na infância ou adolescência, bem como as emoções (medo) e comportamentos (evitação) mal adaptadas, influenciando assim, seus correlatos fisiológicos (taquicardia) do estado atual¹.

O modelo cognitivo proposto por Beck, sugere que temos três níveis de cognição: crenças nucleares, crenças intermediárias e pensamentos automáticos. Este modelo baseia-se na hipótese de que as emoções e os comportamentos são influenciados por sua percepção dos eventos, de tal modo que são as interpretações que determinam o que sentem².

Os pensamentos automáticos compreendem o nível de cognição mais superficial na terapia cognitiva, surgem automática e subitamente, são rápidos e breves e ocorrem com frequência. São palavras ou imagens que passam pela mente de um sujeito em uma situação específica. As crenças intermediárias consistem em regras, atitudes e suposições e influenciam a visão que um indivíduo tem de uma determinada situação, influenciando concomitantemente a forma como ele pensa, sente e se comporta. Essas suposições são observadas em atitudes do tipo “se...então...”. Já as crenças centrais ou nucleares se constituem como o nível cognitivo mais fundamental, sendo absolutistas, globais, rígidas e supergeneralizadas. Tais crenças têm origem nas experiências infantis ou na adolescência, envolvem as ideias e percepções distorcidas que são consideradas pelas pessoas como verdades imutáveis sobre si e o mundo e costumam não estar no nível da consciência. Por isso não são palpáveis e tornam-se difíceis de ser modificadas, sendo identificadas em afirmações do tipo: “não sou digna de ser amada”, “sou desamparado”, “sou frágil”, “não tenho valor”³.

Uma das metas psicoterápicas da terapia cognitiva é produzir dissonância cognitiva, facilitando a reestruturação não apenas dos três níveis de cognição, mas a correção do próprio processamento distorcido das informações. À produção de dissonância terapêutica, procede-se a identificação de erros lógicos e a correção da modalidade específica de distorção usada pelo cliente4. Assim, como toda psicoterapia que se preze, uma relação terapêutica segura é fundamental. O processo final, favorece o cliente ser seu próprio terapeuta, usando os recursos aprendido no processo em situações futuras.


Fonte:
1. RODRIGUES, E. P. Comparação das terapias cognitiva e comportamental individual e em grupo versus farmacoterapia no tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo. Revista FSA: Periódico Científico da Faculdade Santo Agostinho. Teresina-PI, n.8, p. 323-334. dez. 2011. ISSN: 1806-6356.
2.  BECK, J. Terapia Cognitiva - Teoria e Prática. Porto Alegre: Artmed, 1997.
3. RANGÉ, B. Psicoterapias Cognitivo-Comportamentais - Um Diálogo com a Psiquiatria. 2. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
4. DAMASCENO-NETO, J. Terapia Cognitiva: fundamentos e construtos hipotéticos. In: Rodrigues, E. P.  (org.). Psicologia e psicoterapia cognitivo-comportamentais: filosofia, intervenção e história. Curitiba: CRV, 2018.

 






 






sábado, 28 de setembro de 2019

O que é Terapia Cognitiva Processual?


Por Eleonardo Rodrigues


Uma estratégia desenvolvida na última década para mudanças de crenças nucleares na Terapia Cognitivo-Comportamental é a Terapia Cognitiva Processual (TCP) criada pelo psiquiatra e psicoterapeuta Irismar Reis de Oliveira, professor titular da UFBA.  Foi inspirada na obra de Kafka, “O Processo”, na qual o personagem Joseph K. é preso e condenado sem saber de que crime era acusado, desenvolvendo pensamentos e crenças persecutórios. A partir desse romance, o autor da TCP hipotetizou que a intenção de Kafka era propor a autoacusação como princípio universal. Na TCP, consequengemente, o sujeito elabora sua própria defesa. Então, a técnica “Processo” da TCP propõe a modificação de crenças disfuncionais mediante seu “julgamento”, de forma semelhante ao que ocorre em um tribunal.
A TCP é um modelo de intervenção psicoterápica baseado na TCC convencional, mantendo as mesmas premissas filosóficas e epistemológicas das terapias cognitivas, que têm como principais expoentes os psicoterapeutas Albert Ellis e Aaron Tim Beck. A TCP tem uma conceitualização de caso própria, estrutura das sessões e condução clínica diferentes da TCC convencional e da TREC (Terapia Racional-Emotivo-Comportamental). Sua estrutura facilita ao terapeuta, seja ele iniciante ou experiente, tomar melhores decisões em relação ao uso de várias técnicas existentes para os tratamentos psiquiátrico ou psicológico. A TCP é dividida de forma a abordar os três níveis de cognição (nível 1 representado pelos PA; nível 2 representado pelos pressupostos subjacentes; e nível 3 representado pelas crenças nucleares) em três fases distintas. Na fase 1 (início da terapia), as crenças nucleares negativas disfuncionais estão predominantemente ativadas; na fase 2 (após início e antes do final), o terapeuta usa as técnicas para desativar as crenças nucleares negativas disfuncionais e ativar as crenças nucleares positivas funcionais.  A fase 3 corresponde ao final da terapia, com foco predominante no equilíbrio de ativação das crenças nucleares negativas e positivas funcionais. Nesta etapa, a metacognição, etapa onde o paciente é instigado a pensar de forma crítica sobre seu próprio modo de pensar ou cognição, é ensinada de forma explícita ao paciente.

Fonte: De-Oliveira, I. R. Terapia Cognitiva Processual – manual para clínicos. Porto Alegre: Artmed, 2016.

Para aprofundamento acesse o link abaixo: