domingo, 29 de junho de 2014

O perigo do bullying na escola

Pesquisa da Unifesp aponta que 13% das crianças sofrem com o problema

No mês de maio, o II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad) divulgou uma pesquisa feita pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) que aponta o agravamento de um comportamento não moderno, mas que somente agora está tendo a devida atenção: o bullying. Conforme o levantamento, 13% das crianças e adolescentes em ambiente escolar sofrem com as agressões físicas e verbais. Se antes era apenas uma brincadeira infantil, hoje a questão é tratada, com razão, como algo grave e capaz de provocar traumas relevantes.
A psicóloga Carolina Lisboa, que coordena um grupo de pesquisa “Relações Interpessoais e Violência”, vinculado ao Programa de Pós-Graduação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), ressalta que a criança emite sinais de que está sofrendo com o bullying. “Geralmente elas se tornam mais agressivas, mais reativas e assustadas. O fato de não querer ir mais à escola também deve ser levado em consideração pelos pais e professores”, destaca a profissional. Para Carolina, o papel da escola e dos pais é fundamental nestes casos, não somente na identificação, mas também na conscientização dos agressores sobre a violência, já que as crianças, na maioria das vezes, não possuem ciência do mal que podem estar provocando.  “Uma criança nova na escola, com a aparência diferente, com cravos e espinhas no rosto, tudo pode ser motivo para piada, para o bullying. O papel das escolas e dos pais é alertar as crianças sobre o conceito de justiça, para que elas se coloquem no lugar do agredido. É preciso colocar limites, não de forma autoritária, mas de uma forma clara”, aconselha a psicóloga.  Por outro lado, a tarefa de conscientização também precisa ser realizada com os professores, já que muitos têm preconceito com a questão, acham que é bobagem ou “coisa de criança”.
A profissional explica que, se o bullying é antigo, ele se reinventa constantemente. A modalidade que mais tem chamado a atenção dos profissionais, segundo Carolina, é o chamado “cyberbullying”, que é a agressão cometida com o auxílio das ferramentas de tecnologia da informação, com destaque para as redes sociais. “São agressões graves realizadas através de torpedos, montagens de fotos, e-mails anônimos, entre outros”, afirma.
SeminárioCom o intuito de trazer o debate sobre o assunto para o âmbito escolar acontece no dia 6 de novembro, no Centro de Eventos do Hotel Pestana, em Curitiba/PR, o 1º Seminário Brasileiro de Processos Cognitivos nas Escolas. “É uma iniciativa muito importante e inédita. Trazer o tema para profissionais da educação é fundamental”, aponta Carolina. Além do bullying, o seminário abordará drogas, DSTs, saúde mental e violência doméstica e seus reflexos no âmbito escolar.


Serviço1º Seminário Brasileiro de Processos Cognitivos nas Escolas
Data: 6 de novembro de 2014
Local: Centro de eventos do Hotel Pestana - Rua Comendador Araújo, 499, Curitiba/PR 
Mais informações e inscrições no site www.concriad.com.br/site/seminario ou através do e-mail contato@concriad.com.br.

 Fonte:

Diego Rosinha
Mtb. 13096

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