Por José Edmilson Rodrigues
O que se faz
quando a memória
teima, vem
como um visgo
que não se rescinde,
grudada sempre
como uma repetição
trágica do que se
encontra encolhido
no coração,
é a lembrança
que continua
e não se reseta.
Acordada, descansa
em banho-maria.
É a memória acesa
tapeando o instinto.
Pois, tudo pode
ser esquecido.
Mas, é a memória
que força,
que tolha,
que bloqueia.
A memória,
a memória.
Fonte:
O Correio das Artes. Suplemento do Jornal A UNIÃO. João Pessoa, dezembro de 2014.