sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Resiliência na Infância

Como ajudar as crianças a desenvolver a resiliência?

Criado em 21/01/15 11h29 e atualizado em 21/01/15 12h01
Por Enciclopédia da Criança Edição:Adriana Franzin
Circunstâncias difíceis (por exemplo a morte de um dos pais, dificuldades financeiras ou ter sido vítima de desastre natural) podem afetar o desenvolvimento de algumas crianças. No entanto, a maioria delas pode superar bem as situações adversas por serem resilientes. Resiliência é ser capaz de se adaptar às circunstâncias difíceis de uma forma positiva.
Não é um traço de personalidade: essa característica varia dependendo da duração, da natureza e do acúmulo de fatores de risco e ainda do apoio que a criança recebe. Varia também de acordo com a situação: algumas crianças que mostram resiliência em um aspecto (por exemplo, escola) podem ter dificuldades em outro (por exemplo, conviver com os pares).
Alguns fatores favorecem a resiliência:
- pontos fortes pessoais: ter boas habilidades sociais e uma personalidade fácil e ser capaz de regular as emoções após um evento estressante;
- apoio social: ter amigos e cuidadores disponíveis e sensíveis;
- ter família, segurança, estabilidade financeira e convivência com as pessoas da comunidade em que vive;
- ter bem desenvolvidas as funções executivas (por exemplo, memória, atenção, ser capaz de controlar impulsos) e o controle cognitivo. Essas habilidades ajudam a criança para se adaptar às mudanças em seu ambiente causados por um evento estressante.
É possível, também, promover o desenvolvimento da resiliência nas crianças. Saiba como:
- Durante a gravidez, tenha expectativas realistas de como será sua vida após o nascimento e garanta apoio psicológico em situações estressantes para permanecer saudável e proporcionar um ambiente de carinho para a criança
- Envolva a criança em atividades físicas que exijam treinamentos específicos, como artes marciais
- Brinque com jogos que envolvam a tomada de decisões, atenção e memória
- Estabeleça limites e regras claras para promover o autocontrole (por exemplo, peça a criança que permaneça na mesa até o fim do jantar ou até que complete uma tarefa)
- Depois de um evento estressante, tente restaurar uma rotina regular, assim que possível, tendo em mente que novas rotinas terão de ser estabelecidas
- esteja sempre física e emocionalmente disponível para as reações de seu (sua) filho(a)
- Ouça as perguntas e discuta sobre as experiências traumáticas da criança. Procure ajuda
de um profissional, se achar necessário
- Participe de atividades conjuntas para ajudar a família a recuperar uma vida normal
- Encontre tratamentos que se encaixem com a cultura, a personalidade e o desenvolvimento da criança.

Fonte:
Portal EBC
(http://www.ebc.com.br/infantil/para-pais/2015/01/como-ajudar-criancas-desenvolverem-resiliencia)


A importância dos pais ou cuidadores no desenvolvimento da aprendizagem da criança

Sucesso não é mérito da inteligência, mas do esforço

Criado em 26/11/15 12h19 e atualizado em 26/11/15 12h39
Por IAB - Instituto Alfa e Beto
Estamos acostumamos a pensar que possuir inteligência “superior” ou algum tipo de habilidade (ou dom), juntamente com um senso de confiança, é a receita para o sucesso na vida, tanto escolar quanto profissional. No entanto, a investigação científica produzida nos últimos 35 anos mostra que uma ênfase exagerada na inteligência ou no talento pode, na realidade, deixar as pessoas vulneráveis ao fracasso, com medo de desafios e desmotivadas a aprender.
Um artigo divulgado* este ano pela revista Scientific America, uma das principais publicações científicas do mundo, mostra que incentivar os avanços no processo de desenvolvimento, em vez da inteligência ou talento, produz grandes empreendedores na escola e na vida. A autora do artigo é Carol S. Dweck, que atualmente é professora psicologia da Universidade Stanford, nos Estados Unidos. Ela garante: não adianta incentivar seu filho ou seu aluno dizendo que ele é inteligente.
Para ela, e para outros pesquisadores que acompanharam seus estudos ao longo de três décadas, pais e professores podem garantir o crescimento cognitivo das crianças elogiando-as por sua persistência ou estratégias para resolução de problemas (em vez de ressaltar sua inteligência). Segundo ela, ao contar histórias de sucesso que enfatizam o trabalho duro e amor pelo aprendizado, ensinamos às crianças que o cérebro é semelhante a uma máquina, que precisa ser constantemente atualizada para ter um bom funcionamento (confira abaixo uma lista de estratégias para incentivar as crianças).
O perigo da desistência - As pesquisas de Carol Dweck começaram na década de 1960, quando ela se deparou com um estudo feito com roedores que mostrava que após muitas falhas os animais deixavam de tentar completar um percurso, ficando estáticos e sem esperança. Os pesquisadores concluíram que os animais aprendiam a não ter esperanças, mesmo quando tinham a possibilidade de agir – isso porque não receberam incentivo para superar os desafios.
Dweck ficou intrigada com a “desesperança aprendida” demonstrada pelos animais e decidiu investigar mais a fundo o tema.
Segundo ela, essa “desesperança” está ligada à crença das pessoas a respeito dos motivos que as levaram ao erro. Ao longo das décadas seguintes, ela observou como esse comportamento se dava com estudantes do ensino fundamental. Em um dos estudos, ela notou que a falta de esforço (e não de capacidade) fazia com que os alunos cometessem mais erros ao tentar solucionar problemas matemáticos. Separando as crianças em dois grupos, ela notou que o grupo que recebeu apenas elogios sobre o “quanto eram inteligentes” não conseguia encontrar saída para solucionar problemas mais complexos. Enquanto o grupo que recebeu elogios sobre o “quanto eram esforçados” conseguiu driblar as dificuldades e avançar.
Estudos subsequentes mostraram que isso acontece porque os alunos mais persistentes não ficavam pensando sobre sua própria falha. Eles focavam o trabalho em encontrar os erros cometidos ao longo do processo e em tentar corrigi-los para avançar. Essa capacidade de se esforçar diante de um problema é chamada de resiliência.
Como superar os desafios - Desenvolver a resiliência é um processo que começa no início da vida e deve ser incentivado em casa e na escola.
Crianças que são elogiadas por seu talento inato, por exemplo, desenvolvem uma crença implícita de que a inteligência nasceu com elas, e acabam pensando que o esforço para aprender algo novo é menos importante do que ser inteligente para aprender aquilo. O problema está em que essa crença também faz com que elas vejam desafios, erros, e até mesmo a necessidade de exercer um esforço, como ameaças ao seu ego – e não como oportunidades para melhorar. Isso faz com que percam a confiança e a motivação quando o trabalho não é mais fácil para elas.
A pesquisadora conclui que elogiando habilidades inatas das crianças, reforçamos essa mentalidade, impedindo que desenvolvam seu potencial, seja em alguma disciplina, seja nos esportes ou até em relacionamentos pessoais. As pesquisas concluem que incentivar o processo (que nada mais é do que a soma de esforço pessoal com estratégias eficazes), ajuda a direcioná-los para o sucesso na vida acadêmica e pessoal.
Para finalizar, reproduzimos abaixo uma lista de dicas simples indicadas pela pesquisadora americana para pais e professores mudarem suas estratégias diante das crianças. Confira:
- Em vez de dizer “como você é inteligente”, diga “você fez um bom trabalho” e explicite os fatores que fazem daquele um trabalho a ser elogiado;
- Em vez de apenas elogiar a nota alta obtida em uma prova, foque o elogio no processo, dizendo, por exemplo: “Você realmente estudou para seu teste. Você leu o material várias vezes e testou-se sobre ele. E realmente funcionou!”;
- Em vez de focar no resultado da resolução de um problema, aponte as estratégias usadas pela criança, dizendo, por exemplo: “Eu gosto do jeito que você tentou essa série de estratégias diferentes no problema até finalmente resolvê-lo”;
- Elogie o tempo de estudo, focando no quanto o tempo dedicado influenciou o resultado. Por exemplo: “Você ficou em sua mesa e manteve sua concentração, por isso conseguiu achar a solução. Isso é ótimo!”;
- Não aponte o erro como uma falha imutável. Pelo contrário, mostre que o erro é apenas um desafio a ser superado e ofereça ferramentas para que a criança possa superá-lo e seguir adiante.
Tudo isso irá fazer com que a criança cresça e perceba que o sucesso não é uma questão de inteligência ou classe social, mas sim um mérito do esforço. E isso também vale para nós, adultos!

Fonte:
Portal EBC
(http://busca.ebc.com.br/?site_id=portal&q=Sucesso+n%C3%A3o+%C3%A9+m%C3%A9rito+da+intelig%C3%AAncia%2C+mas+do+esfor%C3%A7o)

domingo, 29 de novembro de 2015

Pesquisa sugere que falar mais de uma língua pode evitar sequelas de AVC


Falar mais de uma língua não traz apenas benefícios culturais. Segundo um estudo recente feito na Universidade de Edimburgo, na Escócia, ser bilíngue pode ajudar pacientes a se recuperarem melhor de um AVC (acidente vascular cerebral).
A pesquisa foi feita com 600 pessoas que foram vítimas de AVC – o resultado mostrou que 40,5% das que falavam mais de uma língua ficaram sem sequelas mentais; entre as que falavam apenas uma língua, só 19,6% ficaram sem sequelas.
Os pesquisadores acreditam que o estudo, que foi financiado pelo Conselho Indiano de Pesquisa Médica, sugere que o desafio mental de falar vários idiomas pode aumentar nossa reserva cognitiva – habilidade que o cérebro tem para lidar com influências prejudiciais, como AVC ou demência.
O estudo – divulgado na publicação científica American Heart Association - também levou em consideração idade dos pacientes, se eles eram fumantes ou não, se tinham pressão alta e se eram diabéticos.
Resultados
De acordo com os resultados da pesquisa, a habilidade bilíngue teria um papel "protetor" no desenvolvimento de qualquer disfunção cognitiva após um AVC.
É a primeira vez que se faz um estudo estabelecendo uma relação entre o número de línguas que um paciente fala e as consequências de um AVC para as funções cognitivas.
"A porcentagem de pacientes com funções cognitivas intactas depois de um AVC representava mais que o dobro em pessoas bilíngues em comparação com aquelas que só falam uma língua", diz a pesquisa.
"Em contraste, pacientes com disfunções cognitivas eram muito mais comuns entre os que só falavam uma língua."
Aprender outras línguas é algo que exige uma "ginástica" do cérebro, e vários estudos científicos já mostraram que falar muitos idiomas pode melhorar a atenção e a memória, formando uma "reserva cognitiva" que atrasa o desenvolvimento da demência, por exemplo.
"O bilinguismo faz com que as pessoas mudem de uma língua para outra, então quando eles inativam uma língua, eles precisam ativar a outra para poderem se comunicar", explicou Thomas Bak, um dos autores do estudo na Universidade de Edimburgo.
"Essa troca oferece um treinamento cerebral praticamente constante , o que pode ser um fator relevante para ajudar na recuperação de um paciente que teve um AVC", finalizou.

Fonte:
Medical Tecnica 
http://www.medicaltecnica.com.br/noticia/falar-mais-de-uma-lingua-pode-evitar-sequelas-de-avc/

António Damásio - Por que a neurociência evoluiu tanto?


Fonte: Fronteiras do Pensamento via youtube

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

1.a Jornada Brasileira de Hipnologia de 22 a 24 de outubro de 2015 - UERJ


Biblioteca Digital Sobre Educação: Gratuita, Explore!

"Uma biblioteca digital é onde o passado encontra o presente e cria o futuro."
Dr. Avul Pakir Jainulabdeen Abdul Kalam
Presidente da Índia - 09/set/2003
O "Portal Domínio Público", lançado em novembro de 2004 (com um acervo inicial de 500 obras), propõe o compartilhamento de conhecimentos de forma equânime, colocando à disposição de todos os usuários da rede mundial de computadores - Internet - uma biblioteca virtual que deverá se constituir em referência para professores, alunos, pesquisadores e para a população em geral.
Este portal constitui-se em um ambiente virtual que permite a coleta, a integração, a preservação e o compartilhamento de conhecimentos, sendo seu principal objetivo o de promover o amplo acesso às obras literárias, artísticas e científicas (na forma de textos, sons, imagens e vídeos), já em domínio público ou que tenham a sua divulgação devidamente autorizada, que constituem o patrimônio cultural brasileiro e universal.
Desta forma, também pretende contribuir para o desenvolvimento da educação e da cultura, assim como, possa aprimorar a construção da consciência social, da cidadania e da democracia no Brasil.
Adicionalmente, o "Portal Domínio Público", ao disponibilizar informações e conhecimentos de forma livre e gratuita, busca incentivar o aprendizado, a inovação e a cooperação entre os geradores de conteúdo e seus usuários, ao mesmo tempo em que também pretende induzir uma ampla discussão sobre as legislações relacionadas aos direitos autorais - de modo que a "preservação de certos direitos incentive outros usos" -, e haja uma adequação aos novos paradigmas de mudança tecnológica, da produção e do uso de conhecimentos.
FERNANDO HADDAD
Ministro de Estado da Educação 

Clique aqui para acessar:
 

sábado, 29 de agosto de 2015

Psicologia: ciência e profissão hoje


O Sindicato dos Psicólogos do Estado do Piauí - SINDPSI/PI em parceria com o Portal Classista, produziram um mini-documentário sobre as várias áreas de atuação dos profissionais da psicologia. Relatando como é o trabalho de cada psicólogo nos mais diversos segmentos de atuação e a contribuição de cada profissional para a sociedade.
Minidocumentário sobre a atuação do profissional em psicologia na contemporaneidade


Fonte:
O Sindicato dos Psicólogos do Estado do Piauí - SINDPSI/PI 
Publicado em 27 de agosto de 2015

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Educação Inclusiva

A Educação Inclusiva é um processo que amplia a participação de todos os estudantes – sem distinguir condições físicas, mentais, sociais, de raça, cor ou credo – nos estabelecimentos de ensino regular. Trata-se de uma reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de modo que estas respondam à diversidade dos alunos. É uma abordagem humanística, democrática, que percebe o sujeito e suas singularidades, tendo como objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos.
De acordo com o Seminário Internacional do Consórcio da Deficiência e do Desenvolvimento (International Disability and Development Consortium – IDDC) sobre a Educação Inclusiva, um sistema educacional só pode ser considerado inclusivo quando abrange a definição ampla deste conceito, nos seguintes termos:
- Reconhece que todas as crianças podem aprender;
- Reconhece e respeita diferenças nas crianças: idade, sexo, etnia, língua, deficiência/inabilidade, classe social, estado de saúde (i.e. HIV, TB, hemofilia, Hidrocefalia ou qualquer outra condição);
- Permite que as estruturas, sistemas e metodologias de ensino atendam as necessidades de todas as crianças;
- Faz parte de uma estratégia mais abrangente de promover uma sociedade inclusiva;
- É um processo dinâmico que está em evolução constante;
- Não deve ser restrito ou limitado por salas de aula numerosas nem por falta de recursos materiais.
Você que é professor, estudante, pesquisador ou quer apenas conhecer mais sobre esse assunto tão importante para uma boa convivência acadêmica, pode fazê-lo baixando os livros gratuitamente para ler quando e onde quiser. São 11 opções, veja só:
Todos os livros são gratuitos e podem te ajudar a ver o mundo de um jeito diferente.
(Agradecimentos a pesquisadora Marta Moscheto pelas informações)
 
Fonte:
Blog Metacognição

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Neurociência e Psicologia: como o cérebro constrói a mente?


16 de Julho de 2015

III Seminário Internacional discute a importância da inclusão no processo de ensino aprendizagem


Camila Oliveira
O segundo dia do III Seminário Internacional de Pesquisa, Teoria e Prática Educacional discutiu a existência da diversidade e a necessidade de aceitação e igualdade no processo de ensino aprendizagem. As três palestras, que aconteceram no auditório central do Campus Torquato Neto, da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), na manhã de quinta-feira (16/07), abordaram temas distintos, mas todos convergiam para esses pontos em comum. Os palestrantes do dia foram os professores Ms. Eleonardo Rodrigues, Ms. Maria das Dores Pereira e Ms. Luiz Claudio Nóbrega. Além das palestras, o segundo dia do evento contou com com apresentações de dança do grupo teresinense Cordão, que remeteu à cultura regional inspirado na lenda do Cabeça de Cuia.
Palestra “Como o cérebro constroi a mente” do Professor Eleonardo Rodrigues
A palestra de Eleonardo Rodrigues, professor de psicologia da UESPI, intitulada “A emergência da mente no cérebro: das neurociências às ciências cognitivas”, discutiu como a mente afeta o corpo. Em sua palestra, o professor mostrou que cérebro e mente são a mesma coisa, mas não têm as mesmas funções. “O gelo é outra propriedade da água, mas não é outra substância. Assim é a mente: uma outra propriedade do cérebro, mas não são coisas diferentes”, comparou Eleonardo. O professor falou ainda, sobre a neurociência cognitiva, que estuda como as experiências sensoriais que acumulamos ao longo da vida afetam nosso aprendizado, mostrando que o conhecimento que adquirimos vai além da atuação do sistema nervoso. O docente expôs que as situações que vivemos nos diferenciam e que devemos valorizar o que cada pessoa faz de melhor.
“Incluindo os alunos com necessidades especiais no processo de ensino aprendizagem” foi o tema do discurso da professora Maria das Dores Pereira, representante da Secretaria de Educação e Cultura do Piauí (SEDUC/PI). Ela apontou a necessidade de transformar o sistema educacional. “Todos temos direito à igualdade, mas acima disso temos também o direito à diversidade. Está aí a base da inclusão”, afirmou a professora. Ela apresentou recursos que são utilizados na educação inclusiva e mostrou que é preciso instruir os educadores na utilização dos mesmos, pois, segundo ela, há escolas onde as ferramentas existem, mas os professores não sabem usar.
Representante da SEDUC, Maria das Dores fala sobre a necessidade de transformar o sistema educacional
O professor de matemática da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Luiz Claúdio Nobrega, discorreu sobre “Educação das pessoas surdas. Ensino-Aprendizagem de matemática para alunos surdos com o uso de LIBRAS”. Luiz Claúdio é surdo e se comunica através da língua de sinais. Sua palestra contou com a presença do professor intérprete de Libras, Clevis Lima. “O aluno surdo não precisa de calculadora, por exemplo. Ele pode aprender através dos sinais e ainda assim, achar a matemática interessante”, destacou Luiz. O professor da Universidade Estadual de Nova York, Alfred Daniel Frederick, conduziu o evento.
Seminário também contou com o palestrante Luiz Claúdio que  é surdo e se comunica através da língua de sinais
Todas as palestras contaram com tradutores de Libras para as pessoas surdas que estavam presentes. O III Seminário Internacional de Pesquisa, Teoria e Prática Educacional termina amanhã (17/07) e terá mais palestras, além de minicursos. O evento é realizado através da Diretoria de Relações Internacionais (DRI/UESPI).
Fonte:
Assessoria de Comunicação - UESPI
ascom.uespi@gmail.com
(86) 3213-7398

Clique no link abaixo para ver a matéria:

III Seminário Internacional de Pesquisa, Extensão e Educação da UESPI

Fonte: ascom/uespi

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Cérebro leva apenas 300 milésimos de segundo para gerar lembrança, diz estudo


Apenas 300 milésimos de segundo são o suficiente para o cérebro humano gerar uma lembrança, o tempo que os "neurônios de conceito" levam para relacionar imagens, segundo uma recente descoberta de cientistas argentinos.

A nova aproximação do mistério da memória humana chega pelas mãos dos argentinos Rodrigo Quian Quiroga, diretor do Centro de Neurociência Sistêmica da Universidade de Leicester na Grã-Bretanha, e Hernán Rei, que acabam de publicar a descoberta na revista "Current Biology".

"Em geral, a formação da memória envolve uma associação de conceitos. Por exemplo, 'lembro de ter me encontrado com um amigo quando fui ao cinema' implica dois conceitos: 'um amigo' e 'fui ao cinema', que se associam para formar uma nova memória que é a de ter encontrado um amigo no cinema", explicou à Efe Quian Quiroga.

"Já há um tempo demonstramos que há neurônios no cérebro que codificam conceitos. Esses neurônios o cérebro usa para formar memória e têm um tempo de disparo", esclareceu, em conversa telefônica da Grã-Bretanha.

"Assim que o estímulo sensorial - como ver uma pessoa - chega, 300 milésimos de segundo depois esse neurônio dispara (um impulso) e esse é o tempo durante o qual o neurônio é ativado para a formação da memória", continuou.

O fenômeno é diferente de outros processos cognitivos - como, por exemplo, decidir sobre pegar um táxi ou ir de ônibus ou prestar atenção a algo que te emociona - já que envolvem outros neurônios, em outras regiões do cérebro, e outros tempos.

Quian Quiroga e sua equipe estudam a resposta do cérebro em pacientes candidatos à cirurgia por epilepsia, aos que avalia-se com eletrodos em várias áreas do cérebro que registram a atividade neuronal.

"Um eletrodo é como uma agulha que tem um milímetro de diâmetro, e permite escutar atividade dos neurônios, como se você introduzisse um microfone no cérebro de uma pessoa e pudesse ouvir", explicou Quian Quiroga.

A memória está distribuída em várias partes do cérebro, não há um lugar específico que funcione como "baú das lembranças", mas sim uma área específica envolvida em sua construção - o hipocampo.

"Se não temos essa área, não podemos gerar novas memórias, há muitas evidências na neurociência, mas principalmente sabemos disso por um paciente que não tinha hipocampo e não conseguia ter novas lembranças", acrescentou o cientista.

"É muito parecido com o caso do filme 'Amnésia' (Christopher Nolan, 2000). De fato, foi baseado nesse paciente. É uma pessoa que tudo que acontece com ele não pode guardar na memória, todas as coisas que lhe acontecem caem diretamente no esquecimento", prosseguiu.

No hipocampo estão localizados os "neurônios de conceito", especializados nesse tipo de codificações por sua hierarquia nos processos cognitivos.

Pela descoberta dos "neurônios de conceito" é preciso agradecer a Quian Quiroga e, de certa forma, à atriz americana Jennifer Aniston.

"O primeiro neurônio de conceito que encontrei, que as pessoas chamam de 'neurônio de Jennifer Aniston', foi batizado assim justamente porque eu mostrava várias fotos de Jennifer Aniston e o neurônio respondia e se mostrava fotos de qualquer outra pessoa, por exemplo, de Julia Roberts, não fazia", apontou.

Também encontrou outros neurônios que respondiam a Halle Berry, Oprah Winfrey e outros personagens famosos da cultura americana há uma década, já que a pesquisa aconteceu na universidade de UCLA de Los Angeles, o ano em que Aniston estava na crista da onda da popularidade pela exibição da última temporada de "Friends".

Quiroga não fica incomodado que sua grande descoberta tenha entrado para a história da ciência como "o neurônio de Jennifer Aniston". Para o pesquisador, "é divertido".

As descobertas não servirão por enquanto para curar doenças como o Alzheimer, porque ainda há um longo caminho para entender totalmente como funcionam os mecanismos da memória.

"O cérebro não é apenas o grande desconhecido do corpo humano, mas do universo. Como ele funciona continua sendo um dos enigmas da ciência. Quando se pergunta a um cientista quais são as cinco grandes perguntas de nossa época, uma certamente vai ser o funcionamento do cérebro", concluiu. 
 

FONTE:

INFO online.  Coluna Notícias/Ciência em 22/02/2014. (Agência EFE).

(http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/2014/02/cerebro-leva-apenas-300-milesimos-de-segundo-para-gerar-lembranca-diz-estudo.shtml).

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Memória



Por José Edmilson Rodrigues

O que se faz
quando a memória
teima, vem
como um visgo
que não se rescinde, 
grudada sempre
como uma repetição
trágica do que se
encontra encolhido
no coração,
é a lembrança
que continua
e não se reseta.
Acordada, descansa
em banho-maria.
É a memória acesa
tapeando o instinto.
Pois, tudo pode
ser esquecido.
Mas, é a memória
que força,
que tolha,
que bloqueia.
A memória,
a memória.

Fonte:
O Correio das Artes. Suplemento do Jornal A UNIÃO. João Pessoa, dezembro de 2014.